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Curso de Atualização em Medicina Cardiovascular 2019
Reunião Anual Conjunta dos Grupos de Estudo de Cirurgia Cardíaca, Doenças Valvulares e Ecocardiografia da SPC
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Report
CLEAR FILTERS
PCR de alta sensibilidade e o risco cardiovascular revisitado – área de controvérsia
Session:
Posters 2 - Écran 5 - Prevenção
Speaker:
Flávio Mendonça
Congress:
CPC 2019
Topic:
J. Preventive Cardiology
Theme:
28. Risk Factors and Prevention
Subtheme:
28.2 Risk Factors and Prevention – Cardiovascular Risk Assessment
Session Type:
Posters
FP Number:
---
Authors:
Flávio Mendonça; Roberto Palma dos Reis; Andreia Pereira; Joao Adriano Sousa; Joel Monteiro; Micaela Rodrigues Neto; Ana Célia Sousa; Graça Guerra; Ilídio Ornelas; Mariana Rodrigues; Eva Henriques; Sónia Freitas; Sofia Borges; A. Drumond de Freitas; Maria Isabel Mendonça
Abstract
<p><strong>Introdução</strong></p> <p>A PCR de alta sensibilidade (PCR-as) associada à doença cardiovascular tem sido descrita em vários estudos, mas a PCR é apenas um marcador do risco inflamatório ou tem um papel direto no processo aterosclerótica, mantêm-se controverso.</p> <p><strong>Objetivo</strong></p> <p>Verificar se há associação entre o valor de PCR-as e o risco para doença coronária na nossa população.</p> <p><strong>Métodos</strong></p> <p>Estudo caso-controlo de 3050 indivíduos da população GENEMACOR, emparelhados por sexo e idade; 1619 com doença coronária considerada significativa (>70%) por angiografia e 1431 controlos. A idade média dos casos é de 53,3±8,0 anos, 78,9% masculino; nos controlos a idade média é de 52,8±7,8 anos, 76.6% masculino. Os indivíduos foram divididos em quintis de acordo com o valor de PCR-as e comparados através de um teste de Qui-quadrado. Os intervalos definidos para o valor de PCR-as de acordo com esta metodologia foram os seguintes: < 1,3 mg/dL; 1,3- <2,7 mg/dL;2,7- < 3,0 mg/dL;3,0-<7,6 mg/dL;>=7,6 mg/dL. Os quintis da PCR-as foram incluídos num modelo de regressão logística enquanto fator de risco para doença coronária. Foi estimado o valor de OR e Intervalo de Confiança a 95% tendo como referência o quintil 1. As estimativas foram consideradas significativas com um p<0,05.</p> <p><strong>Resultados</strong></p> <p>A PCR-as mediana nos indivíduos com doença coronária e nos controlos é igual (2.7mg/dL com um valor mínimo e máximo de 0.1 e 694mg/dL, respetivamente). A distribuição dos indivíduos de acordo com os quintis criados com base no valor de PCR-as mostra uma distribuição diferente dos valores com maior proporção indivíduos com doença coronária nos quintis a partir do limiar de 2,7mg/dL (68,8%) comparativamente aos controlos (59,5%) (p<0,001). No modelo de regressão a variável de PCR-as é estatisticamente significativa com um valor de OR de 1,44 no quintil 3 (IC<sub>95%</sub> 1,16-1,79, p=0,001), 1,54 no quintil 4 (IC<sub>95%</sub> 1,22-1,95, p=0,000), e 1,39 no quintil 5 (IC<sub>95%</sub> 1,11-1,74, p=0,004).</p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p>Na nossa população, existe uma associação significativa entre a PCR-as e a doença coronária. Quanto maior o valor da PCR-as, maior foi a probabilidade de ter doença coronária. Novas terapêuticas ou aprofundamento das conhecidas, dirigidas pelo componente inflamatório, poderão revelar-se de elevado sucesso na redução do <em>burden </em>cardiovascular, bem como melhorar a prevenção secundária destes doentes.</p>
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