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Curso de Atualização em Medicina Cardiovascular 2019
Reunião Anual Conjunta dos Grupos de Estudo de Cirurgia Cardíaca, Doenças Valvulares e Ecocardiografia da SPC
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Encerramento percutâneo de leaks protésicos: o que nos diz o mundo real
Session:
Posters 3 - Écran 04 - Cardiologia de Intervenção
Speaker:
Joana Ribeiro
Congress:
CPC 2018
Topic:
H. Interventional Cardiology and Cardiovascular Surgery
Theme:
25. Interventional Cardiology
Subtheme:
25.3 Non-coronary Cardiac Intervention
Session Type:
Posters
FP Number:
---
Authors:
Joana M. Ribeiro; Rogerio Teixeira; Luís Puga; José Pedro Sousa; João Lopes; Luis Paiva; Marco Costa; Lino Gonçalves
Abstract
<p>Introdução: O encerramento percutâneo de <em>leaks</em> periprotésicos é um procedimento complexo, de recurso, muitas vezes considerado paliativo, para doentes sintomáticos com risco cirúrgico elevado.</p> <p>Objetivos: Descrever as características da população de doentes submetidos a encerramento percutâneo de leaks protésicos, e proceder à avaliação dos resultados após o procedimento.</p> <p>Metodologia: Análise de 26 encerramentos (ou tentativas de) de <em>leaks</em> consecutivos num centro (Janeiro/2012-Outubro/2017). Foi realizado um seguimento clínico com tempo médio de 19±18 meses. Foram também avaliados os resultados a curto prazo, através de uma variável composta de eventos cardiovasculares major (MACE: morte, enfarte e reinternamento por insuficiência cardíaca) aos 30 dias.</p> <p>Resultados: A população tinha uma idade média de 66±8 anos ( 77% mulheres). A mediana da classe de NYHA (New York Heart Association) foi de 2,9 (2,0-3,0). A anemia estava presente em 92% dos casos e a disfunção sistólica do ventrículo esquerdo em 35%. O risco médio previsto de mortalidade perioperatória era 6,8±4,0 de acordo como <em>Euroscore</em> <em>II</em> e 4,8±3,7 de acordo com o <em>score</em> da <em>Society of Thoracic Surgeons</em>.</p> <p>Foram abordados <em>leaks</em> mitrais em 62% dos casos e aórticos em 38%. As próteses intervencionadas eram, na maioria mecânicas (75% das mitrais e 90% das aórticas). Em 58% dos casos verificou-se presença de mais que um <em>leak</em>. Em 65% dos casos havia outras valvulopatias relevantes. O <em>leak</em> foi considerado grave em 73% dos casos e moderado nos restantes.</p> <p>O sucesso do procedimento (libertação com sucesso de pelo menos um dispositivo) ocorreu em 65% dos casos. A mortalidade intrahospitalar foi de 4% (1 caso). Verificaram-se complicações intraprocedimento em 2 casos – 1 migração de dispositivo, 1 obstruçao de prótese por aprisionamento do fio guia. Verificaram-se complicações de acesso vascular em 8% dos casos.</p> <p>A mortalidade total noseguimento foi de 31% e o reinternamento por insuficiência cardíaca ocorreu em 32% dos casos. A redução da gravidade da fuga no seguimento ocorreu em 16 casos (62% do total), embora a redução efectiva da classe de NYHA tenha ocorrido em apenas 38% dos casos. A ocorrência de MACE aos 30 dias foi de 8% (2 casos).</p> <p>Conclusão: o encerramento percutâneo de <em>leaks</em> é um procedimento complexo, realizado numa população de risco, considerado elevado. Importará definir estratégias e planos de ação que possam contribuir para uma melhoria dos resultados apresentados. </p>
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