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Efeito prognóstico da massa ventricular esquerda em doentes com Síndrome Coronária Aguda
Session:
Posters 2 - Écran 10 - Isquemia/SCA
Speaker:
Fernando Gonçalves
Congress:
CPC 2018
Topic:
E. Coronary Artery Disease, Acute Coronary Syndromes, Acute Cardiac Care
Theme:
13. Acute Coronary Syndromes
Subtheme:
13.2 Acute Coronary Syndromes – Epidemiology, Prognosis, Outcome
Session Type:
Posters
FP Number:
---
Authors:
Fernando Fonseca Gonçalves; Filipa Cordeiro; Miguel Moz; José P. Guimarães; Pedro Sousa Mateus; Ilidio Moreira
Abstract
<p><strong>Introdução: </strong>A massa ventricular esquerda (MVE) é um importante fator de risco de morbi-mortalidade cardiovascular. A sua medição por modo M foi amplamente estudada mas o método bidimensional linear poderá ser mais vantajoso por apresentar uma medição mais orientada ao eixo longo do ventrículo esquerdo (VE). O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito prognóstico do grau e tipo de hipertrofia ventricular esquerda (HVE).</p> <p><strong>Métodos: </strong>Estudo retrospetivo de doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA), entre outubro de 2010 e dezembro de 2016, a quem foi avaliada a MVE durante o internamento, avaliação esta dependente das condicionantes inerentes ao laboratório de ecocardiograma ou ao seu operador. Foram excluídos os doentes com valvulopatia aórtica severa. A MVE foi calculada pela “<em>Cube formula</em>”, recorrendo ao método linear 2D, e indexada à área da superfície corporal. O cálculo da espessura relativa da parede do VE permitiu caracterizar os doentes como tendo <em>remodeling</em> concêntrico (RC), HVE concêntrica ou excêntrica. Os outcomes avaliados foram MACE (Re-enfarte, reinternamento de causa cardiovascular e morte) num seguimento mediano de 32 meses (IQR 17-48).</p> <p><strong>Resultados: </strong>Num total de 453 doentes com idade média de 66.2±13 anos, 21% tinha HVE de grau ligeiro, 16% grau moderado e 20% grau severo, 13% RC, 25% HVE concêntrica e 34% HVE excêntrica.</p> <p>À medida que aumentava o grau de HVE aumentava a proporção de doentes com hipertensão (HTA), diabetes, depressão da função ventricular esquerda (FSVE) e SCA com elevação de ST (p<0.05).</p> <p>A hipertrofia concêntrica (HR 1.53, IC95% 0.9-2.5) e excêntrica (HR 1.93, IC95% 1.2-3) e a HVE moderada (HR 1.78, IC95% 1.1-2.9) e severa (HR 2.6, IC95% 1.7-4.1) foram preditores significativos de eventos MACE.</p> <p>Quando ajustado à idade, FSVE, antecedentes de HTA e tipo de SCA, a HVE severa esteve associada a mais MACE (HVE ligeira: HR 1.09, IC95% 0.6-1.8; HVE moderada: HR 1.44, IC95% 0.9-2.4; HVE severa: HR 1.76, IC95% 1.1-2.8; p para tendência=0.006) e não houve diferenças significativas entre os tipos de HVE (RC: HR 0.72, IC95% 0.3-1.6; HVE concêntrica: HR 1.35, IC95% 0.8-2.2; HVE excêntrica: HR 1.41, IC95% 0.9-2.3).</p> <p><strong>Conclusão: </strong>Apesar de os doentes com SCA e HVE terem mais comorbilidades, a MVE manteve uma associação independente com os eventos adversos cardiovasculares, ao contrário do tipo de HVE, com aumento do risco de eventos adversos com o aumento do grau de HVE.</p>
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