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Curso de Atualização em Medicina Cardiovascular 2019
Reunião Anual Conjunta dos Grupos de Estudo de Cirurgia Cardíaca, Doenças Valvulares e Ecocardiografia da SPC
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Deformação auricular esquerda como manifestação subclínica precoce em doentes com esclerose sistémica
Session:
Posters 1 - Écran 09 - Ecocardiografia
Speaker:
Nelson P. Cunha
Congress:
CPC 2018
Topic:
B. Imaging
Theme:
03. Imaging
Subtheme:
03.1 Echocardiography
Session Type:
Posters
FP Number:
---
Authors:
Nelson P. Cunha; Inês Aguiar Ricardo; Joana Rigueira; Rafael Santos; Afonso Nunes Ferreira; Tiago Graça Rodrigues; João Pedro Ribeiro Agostinho; Inês Gonçalves; Cláudio David; Fausto José Pinto; Ana G. Almeida
Abstract
<p><strong>Introdução:</strong> O envolvimento cardíaco na esclerose sistémica (ES) afeta o prognóstico da doença quando clinicamente evidente. A ES associa-se fisiopatologicamente a obstrução e necrose microvascular miocárdica e é um presumível determinante da disfunção ventricular, insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita.</p> <p><strong>Objectivo:</strong> Avaliar a existência de alterações precoces da deformação da aurícula esquerda (AE) por speckle tracking em doentes (dts) com fração de ejeção (Fej) conservada.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Inclusão de dts com ES com Fej>55% e sem dilatação do ventrículo esquerdo (VE) e inclusão de um grupo de controlo com 19 indivíduos sem patologia (15 mulheres, idade50±11). Foram todos submetidos a avaliação ecocardiográfica, incluindo 2D, Doppler convencional, Doppler tecidular do anel mitral (velocidades e’ septal e lateral) e speckle tracking 2D do VE (strain longitudinal global) e da AE (strain longitudinal de pico da aurícula esquerda) pelo software de speckle tracking 2D (EchoPac, GE).</p> <p><br /> <strong>Resultados: </strong>Foram incluídos 63 doentes com ES (53 mulheres; idade 52±9 anos) e o grupo controlo. A população em estudo apresentava Fej média de 58 ± 5%. A relação E/A e pressão sistólica pulmonar em repouso eram normais. Os volumes da AE em dts com ES, apesar de dentro dos valores de referência, foram significativamente mais elevados comparativamente ao grupo controlo (27,1 ± 4,2 ml/m2 vs 23,5 ± 5,9 ml/m2, p=0,002). Também o rácio E/e’ mostrou tendência para valores mais elevados na ES (7,1 ± 3,0 vs. 5,9 ± 2,1, p=0,055), sendo que 4 dts se encontravam na zona cinzenta. O strain longitudinal global do VE foi significativamente menor nos doentes com ES em comparação com o grupo controlo (-15,5 ± 2,3 vs. -18,5 ± 1,9, p=0,002) e o strain longitudinal de pico auricular também foi significativamente menor em pacientes com ES do que nos controlo (16,8±3,5 vs 11,8±3,3, p=0,002). O strain longitudinal auricular de pico correlacionou-se com o strain longitudinal global do VE (R=0.58, p=0,01) e com a dimensão da aurícula esquerda (R=0,72, p=0,003), mas não com as demais variáveis.</p> <p><br /> <strong>Conclusão:</strong> A deformação da AE avaliada por speckle tracking 2D identificou a presença de alterações funcionais da AE, que se correlacionaram com as dimensões desta e com a deformação anormal do VE, expressando a presença de envolvimento cardíaco subclínico em pacientes com ES. Estas alterações não se associaram a evidência de compromisso da Fej pelo que poderão traduzir um papel na detecção precoce de disfunção do VE.</p>
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