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Síndrome metabólica em doentes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica: impacto da lesão renal oculta na sobrevivência a longo prazo
Session:
Posters 1 - Écran 07 - Isquemia /SCA
Speaker:
André de Lima Antunes
Congress:
CPC 2018
Topic:
H. Interventional Cardiology and Cardiovascular Surgery
Theme:
26. Cardiovascular Surgery
Subtheme:
26.1 Cardiovascular Surgery – Coronary Arteries
Session Type:
Posters
FP Number:
---
Authors:
Antunes de Lima Antunes; Carlos Branco; David Prieto; Gonçalo Freitas Coutinho; Pedro Engrácia Antunes; Manuel Antunes
Abstract
<p><strong>Introdução:</strong> A síndrome metabólica (SMet) constitui um fator de risco major para a morbi-mortalidade cardiovascular. Este risco aumenta quando, a ela, se associa a disfunção renal. No entanto, poucos estudos relatam a influência da lesão renal oculta (LRO), definida como valores de creatinina sérica (Src) normais mas diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG) nos doentes com SMet submetidos a cirurgia de revascularização miocardica (CABG).</p> <p><strong>Objectivo:</strong> Avaliar o impacto da LRO vs função renal normal (FRN) nos resultados operatórios e na sobrevivência a longo prazo nesta população.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Desde Janeiro de 2000 a Dezembro de 2015, 429 doentes com SMet foram consecutivamente submetidos a CABG isolada. Destes, foram excluídos os doentes com valores de Scr acima dos valores de referência, restando 294 doentes que foram divididos em 2 grupos: LRO (TFG<90 ml/min/1.73m<sup>2</sup>–158 doentes) e FRN (TFG>90 ml/min/1.73m<sup>2</sup>–136 doentes). Utilizou-se uma definição modificada da SMet com base nas guidelines NCEP-ATP III – diabetes, hipertensão arterial, dislipidémia e excesso de peso/obesidade (IMC>25).</p> <p><strong>Resultados:</strong> Para a população em estudo (LROvsFRN) a idade média foi de 66.4±7.1vs59.3±7.9 anos (p<0.001), 25.9%vs5.1% eram mulheres (p<0.001) e 34.8%vs27.7% estavam em classe III/IV CCS (p=0.162), respetivamente. A mortalidade aos 30 dias foi de 0.6%vs0.7% (p=0.915), respetivamente. Não se observaram diferenças na incidência de complicações major pós-operatórias (AVC, EAM e disfunção cardíaca pós-operatória). A sobrevivência aos 10 anos de seguimento foi de 72.1±4.8vs75.6±6.0, p=0.431, respetivamente. Quando comparados com a população portuguesa ajustada para o sexo e idade ambos os grupos têm expetativa de vida semelhante à da população geral.</p> <p><strong>Conclusão: </strong>A CABG pode ser realizada com baixa taxa de mortalidade em doentes complexos. Os resultados operatórios precoces e tardios não mostraram diferenças entre os dois grupos. Parece que a presença de LRO parece não ter influenciado negativamente os resultados nesta população.</p>
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